domingo, 26 de setembro de 2010

Resumo básico da Revolução

Fases da indústria:
 artesanato;
 manufatura;
 mecanização.
O processo da industrialização exigiu:
 desenvolvimento técnico e científico;
 investimento de grandes capitais;
 fornecimento de matérias-primas;
 consumidores para os produtos transformados.
A Revolução Industrial proporcionou:
 a passagem da sociedade rural para a sociedade industrial;
 a mecanização da indústria e da agricultura;
 o desenvolvimento do sistema fabril;
 o desenvolvimento dos transportes e comunicações;
 a expansão do capitalismo.
1.ª Fase da Revolução Industrial: 1750-1860 tear mecânico;
 máquina a vapor;
 fundição do ferro;
 progressos na agricultura.
2.ª Fase da Revolução Industrial: 1860-1945 dínamo;
  petróleo;
  motor de combustão interna;
  máquinas automáticas.

Contexto Histórico


   Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o termo manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da escala, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas muitas vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-prima até à comercialização do produto final. Esses trabalhos eram realizados em oficinas nas casas dos próprios artesãos e os profissionais da época dominavam muitas (se não todas) etapas do processo produtivo.
   Com a Revolução Industrial os trabalhadores perderam o controle do processo produtivo, uma vez que passaram a trabalhar para um patrão (na qualidade de empregados ou operários), perdendo a posse da matéria-prima, do produto final e do lucro. Esses trabalhadores passaram a controlar máquinas que pertenciam aos donos dos meios de produção os quais passaram a receber todos os lucros. O trabalho realizado com as máquinas ficou conhecido por maquinofatura.
   Esse momento de passagem marca o ponto culminante de uma evolução tecnológica, econômica e social que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média, com ênfase nos países onde a Reforma Protestante tinha conseguido destronar a influência da Igreja Católica: Inglaterra, Escócia, Países Baixos, Suécia. Nos países fiéis ao catolicismo, a Revolução Industrial eclodiu, em geral, mais tarde, e num esforço declarado de copiar aquilo que se fazia nos países mais avançados tecnologicamente: os países protestantes.
   De acordo com a teoria de Karl Marx, a Revolução Industrial, iniciada na Grã-Bretanha, integrou o conjunto das chamadas Revoluções Burguesas do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial. Os outros dois movimentos que a acompanham são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob influência dos princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. Para Marx, o capitalismo seria um produto da Revolução Industrial e não sua causa.

"O Homem Livre"

   Em conseqüência do desemprego e do pauperismo provocados pelos cercamentos, uma massa de camponeses sem terra passou a perambular por estradas e paróquias, atemorizando os proprietários e aumentando a carga de impostos necessários para mantê- los, já que pelas leis inglesas as paróquias eram responsáveis pelo auxilio aos pobres.
   O aumento da miséria levou à revisão da Legislação dos Pobres, existente desde 1601 e que organizava o auxílio público aos desvalidos. A legislação tornou-se cada vez mais repressiva: todo indivíduo sem trabalho ou ocupação podia ser preso ou chicoteado e, em caso de furto, mesmo que fosse para matar a fome, ser marcado a ferro, ter as mãos decepadas ou ser enforcado.
   Durante o século XVIII, para evitar a entrada de desocupados em seu território, as paróquias passaram a recorrer a Lei do Domicílio (1662) que determinava que todo indivíduo que mudasse de paróquia pode ria ser expulso, privando assim o cidadão da liberdade de locomoção. Essa lei facilitou aos grandes proprietários a exploração ao máximo do trabalho dos camponeses de sua paróquia ou da paróquia vizinha.
   A consolidação das grandes propriedades, com a expulsão de grande de número de camponeses, criou uma massa de "homens livres", no sentido de estarem desprovidos de qualquer propriedade e desligados da autoridade de um senhor; prontos, portanto, a se tornarem mão de obra industrial

As Novas Doutrinas Sociais

   O avanço do capitalismo em meio à exploração e à miséria fermentou o ativismo trabalhista do século XIX, cujo objetivo era destruir as condições subumanas estabelecidas pela industrialização. Num primeiro momento, os operários, pouco conscientes de sua força, manifestavam seu descontentamento, diante das péssimas de vida e de trabalho em que se encontravam, quebrando as máquinas, tidas como responsáveis pela sua situação da miséria. William Ludd foi um dos líderes desse movimento, por isso, denominado luddista, reprimido violentamente pelas forças policiais.
   A seguir os trabalhadores decidiram organizar-se em associações que lutavam pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho, nasceram assim os sindicatos (trade unions), no início não reconhecidos oficialmente e reprimidos de forma violenta. Muito depois, diante das suas vitórias, acabaram conquistando o reconhecimento oficial de legítimos representantes da classe trabalhadora. Por meio de lutas, conseguiram alcançar seus objetivos quanto à elevação dos salários, limitação das horas de trabalho, garantias aos trabalhadores acidentados, restrição de idade e número de horas de trabalho das crianças, etc.
   Na Inglaterra, o movimento operário pouco a pouco foi assumindo um caráter político. Os trabalhadores desejavam uma maior participação nas decisões governamentais que direta ou indiretamente os afetavam.
   Organizou-se, então, o movimento cartista, que reivindicava, entre outras coisas, a extensão do direito de voto, até então restrito aos cidadãos de altas rendas, às camadas menos favorecidas da população inglesa.
   Em meio a esta efervescência surgiram teóricos que se debruçaram sobre a questão social defendendo a criação de uma sociedade mais justa, sem as desigualdades e a miséria reinantes. Assim apareceram as principais quatro grandes correntes de pensamento: o socialismo utópico, o socialismo científico, o anarquismo e o socialismo cristão.

Resultados da Revolução Industrial

   O século XIX significou o século da hegemonia mundial inglesa. Durante a maior parte desse período o trono inglês foi ocupado pela rainha Vitória (1837-1901), daí ter ganho a denominação de era vitoriana. Foi a era do progresso econômico-tecnológico e, também, da expansão colonialista, além das contínuas lutas e conquistas dos trabalhadores.
   Na busca de novas áreas para colonizar, a Revolução Industrial produziu uma acirrada disputa entre as potências, originando inúmeros conflitos e um crescente armamentismo que culminariam na Primeira Guerra Mundial, iniciada em 1914.
   A era do progresso industrial possibilitou a transformação de todos os setores da vida humana. O crescimento populacional e o acelerado êxodo rural determinaram o aparecimento das grandes cidades industriais: Londres e Paris, que em 1880 já contavam, respectivamente, com 4 e 3 milhões de habitantes. Esses grandes aglomerados humanos originaram os mais variados problemas de urbanização: abastecimento de água, canalização de esgotos, criação e fornecimento de mercadorias, modernização de estradas, fornecimento de iluminação, fundação de escolas, construção de habitações, etc.
   No aspecto social, estabeleceu-se um distanciamento cada maior entre o operariado (ou proletariado), vivendo em condições de miséria, e os capitalistas. Separavam-se em quase tudo, no acesso à modernidade, nas condições de habitação e mesmo nos locais de trabalho: nas grandes empresas fabris e comerciais, os proprietários já não estavam em contato direto com os operários, delegando a outros administradores as funções de organização e supervisão do trabalho.
   O mercado de trabalho, a princípio, absorvia todos os braços disponíveis. As mulheres e as crianças também eram atraídas, ampliando a oferta de mão-de-obra e as jornadas de trabalho oscilavam entre 14 e 18 horas diárias. Os salários, já insuficientes, tendiam a diminuir diante do grande número de pessoas em busca de emprego e da redução dos preços de venda dos produtos provocada pela necessidade de competição. Isso sem contar que as inovações tecnológicas, muitas vezes, substituíam inúmeros trabalhadores antes necessários à produção.
   Aumento das horas de trabalho, baixos salários e desemprego desembocavam freqüentemente em greves e revoltas. Esses conflitos entre operários e patrões geraram problemas de caráter social e político, aos quais, em seu conjunto, se convencionou chamar de questão social. Os trabalhadores organizaram-se, então, em sindicatos para melhor defenderem os seus interesses: salários dignos, redução da jornada de trabalho, melhores condições de assistência e segurança social, etc. Diante desse quadro surgiram as novas doutrinas sociais, pregando a criação de uma nova sociedade, livre da miséria e da exploração reinante.

sábado, 25 de setembro de 2010

Reforma Agrária e Revolução Agrícola

A partir do primeiro terço do século XVIII, os sistemas agrícolas tradicionais eram modificados como resultado do surgimento gradual de inovações técnicas e mudanças na distribuição da propriedade. Estes desenvolvimentos foram experimentadas pela primeira vez no leste da Inglaterra (Norfolk County) e em seguida se espalhou para países do Mediterrâneo, inovações foram mais tarde e consistia principalmente em uma melhoria, diversificação e expansão da regadíos.En norte da Europa, foi substituída pela rotação de culturas de pousio complementares. As culturas (nabos, batatas) e forrageiras (trevo), para alimentação do gado, poderia ser colocado em rotações sem esgotar a terra, intercalada com cereais, de acordo com o seguinte ciclo: trigo, cevada, trevo de nabos. Assim, a terra é regenerado, sem a necessidade de parar producir.Junto com batatas, outros produtos originários da América, e previamente conhecidos, foram libertados durante esse período. Este é o caso do milho, usado como forragem ou pimentas cultivadas em hortas. Resultou no desaparecimento do sistema de fazendas coletivas, com base na divisão de folhas, e pastagem, sobre a palha. Este foi substituído pelo gado em estábulos, alimentados com forragem cosechado.Simultáneamente agora, houve uma reforma da estrutura da propriedade da terra. Na Grã-Bretanha, o parlamento aprovou as leis de crescimento ("Cerco Atos", que foi legalizado por dotações múltiplos feitos por grandes proprietários de terra ("pequena aristocracia") nas terras comunais - montanhas e florestas, por sua alegada melhoria ou implementação culturas. Em França ou Espanha, as terras da Igreja foram confiscados, leiloados e adquiridos pela nobreza e da burguesia (a venda de activos nacionais ou confisco). Isso levou à terra de consolidação, que ampliou o tamanho dos lotes e, assim, torná-lo rentável mecanização da semeadura explotaciones.La Jethro Tull (17.301 permitiu poupança de sementes e de trabalho. Mackormirck cortador de relva O (1830), puxado por cavalos, fazendo o equivalente a obra de um grande número de pessoas, equipada com o tradicional foices e foices.

O Mundo Rural

   A formação das aldeias foi particularmente ativo na Europa durante a Idade Média. O local foi escolhido com base na proximidade de estradas e, em geral, às vias navegáveis. Liberado da floresta, espalhou a terra cultivada ao redor da aldeia, formando um anel, mais ou menos regular, condicionada pelo terreno.Divididos em parcelas, foi semeado neles principalmente de grãos agrícolas, baseada em alimentos. Para além dos campos, colocar um segundo anel formado por colinas onde o gado de pastagem e floresta, importante fonte de recursos, que foram obtidos de lenha e madeira, mel e cera, nozes e jogo. Este montanhas segundo anel formado e terras florestais comuns, que eram exploradas coletivamente por toda a aldeia, de modo que a terra não foi parcelada. Culturas predominantes na agricultura de sequeiro, uma vez que a agricultura irrigada, especialmente importante no sul do país, esteve envolvido nas imediações dos rios. A operação está sujeita a autorização dos vizinhos e foi a seguinte: eles dividiram toda a terra arável em grandes espaços chamados de folhas e cada morador que cada um deve ter pelo menos uma parcela. Em uma dessas folhas foram plantadas em cereais de inverno (trigo ou cevada), cereais em outra mola (aveia e centeio), deixando o terceiro de pousio, ou seja, em pousio. cultura do trigo é colhido em agosto, foi introduzido o gado que pasta vila campos. Alta vantagem no talos secos de cereais (palha), e adubado o solo. Na folha onde tinha semeado na primavera (aveia e centeio) são plantados no inverno (trigo), porque a terra não tinha sofrido tanto desgastado. Para completar o círculo, em campos que tinha descansado foi plantada na primavera. Assim, trigo, aveia, pousio e estava girando, alternando-se nos três folhas. Isso permitiu, por um lado, regenerar o solo e, por outro lado, para complementar a dieta com a adição de produtos de origem animal (leite e gordura, principalmente). Como resultado deste tipo de operação (rotação de três anos) parcelas foram localizadas de maneira dispersa e tamanho foram reduzidos após sucessivas divisões de geração em geração. Além disso, o rendimento da terra foi baixa, pois cada parcela foi de apenas duas safras a cada três anos.